Uma vez que não punha os pés aqui desde Agosto, decidi escrever algo e dizer-vos que sim, estou viva. Trago então uma tag sugerida pelo sapo sobre os meus favoritos de 2013.
1. A série favorita
Estou dividida entre duas mas Pretty Little Liars venceu o torneio. Porquê? Apesar de parecer uma série muito girly, a história suscita-me algum interesse. Ora, um grupo de amigas em que uma desaparece e as outras começam a receber mensagens anónimas que ameaçam relevar todos os seus segredos parece-me engraçado. Nunca tinha visto e em pouquíssimo tempo vi todas as temporadas, sendo que agora estou à espera do novo episódio (só em Janeiro, ai a minha vida!).
2. O filme
Não me recordo de todos os filmes que vi este ano, nem de metade deles. Vou esquecendo. A verdade é que também não vejo assim tantos, não só porque o tempo não o permite mas também porque a preguiça é maior que tudo o mais. No entanto, dos que me lembro, tenho a dizer que é o Dá tempo ao tempo mais uma vez devido à sua história. Fez-me pensar.... Se eu pudesse reviver a minha vida, será que o faria? Será que mudava alguma coisa? Não sei. Talvez o fizesse, mas sem mudar o que já tinha feito.
3. O livro
Hey! Esta é capaz de ser a mais complicada de todas. Infelizmente leio pouco porque sou preguiçosa - podia fazê-lo nos transportes públicos mas carregar ainda mais um peso não é algo que eu goste - e porque o tempo é escasso. É muito mau dizer que gostei de ler o Memorial do Convento? Li mais livros, no entanto, penso que este foi o que me marcou mais. Ao princípio li-o por obrigação, mas cheguei ao fim a gostar. Gostei da história o paralelismo entre a construção do convento e o sonho de Baltasar, Blimunda e Bartolomeu; gostei da forma como José Saramago escrevia - e não achei complicado, só ao início. Talvez o leia de novo, com mais calma.
4. A viagem
As viagens de curta duração também podem entrar? Se sim, uma viagem que me marcou - e que pode ser parvo dizer isto - foi a minha primeira viagem até à faculdade onde estou. A primeira vez que entrei naquele local foi boa. Saber que estava num ambiente diferente e com pessoas diferentes (e mais bem formadas), deixou-me muito contente. Lembro-me da ansiedade que senti quando lá cheguei. Agora, é como a minha casa. Ainda não lhe conheço todos os cantos mas acredito que vou ter tempo para isso.
5. O post
Meu? Este. O facto de acabar o secundário foi um ponto marcante deste ano e esse post resume tudo isso. Não me parece que tenha mais algo a dizer sobre o assunto, uma vez que está mais explícito no post. Ah.
Já está. Agora tenho aproximadamente um mês para esperar e andar stressada. Tenho um bom presentimento. As médias deste ano vão baixar graças à desgraça chamada Exames Nacionais e o último candidato a entrar na minha primeira opção tinha uma média com menos um valor que eu.
Algo relacionado com Design é aquilo que quero. É interessante que desde o décimo ano que tenho a mesma ideia (e eu mudo de ideias muito rápido) mas parece que esta ficou vincada. Quero criar, quero modificar, quero ser criativa. Acho que das poucas coisas que sou talentosa, esta é a melhor. O futuro não parece muito próspero contudo eu acredito que no final deste percurso (a faculdade), existe um lugar para mim. Pode não ser em Portugal, mas existe.
Há dez anos atrás eu tinha sete anos - a caminho dos oito. Andava na escola primária, todos os meus colegas de turma eram denominados de amigos, era inocente e facilmente influenciável. Ora, com mais dez anos em cima é normal que tenha mudado. Sou quase uma adulta(?), estou a planear o futuro na minha cabeça e sei distinguir aquilo que gosto do que não gosto. Contudo, a expressão "mas quando eras mais nova..." ainda é bastante utilizada nas poucas conversas que tenho no dia-a-dia.
Em primeiro lugar, a profissão. Tinha eu um dia de vida e já tinha sido operada, sendo que um mês depois voltei ao hospital para nova cirurgia. Cresci com a ideia que me tinham salvo (o que é totalmente verdade) e que o meu futuro devia ser salvar outras crianças. Ia ser pediatra e curar muitos meninos doentes. Errado. Durante os anos que tive a disciplina de Ciências (quer Naturais, da Natureza ou Físico-Químicas) odeiei por completo, não conseguia encontrar nada de interessante na matéria leccionada e assim afastei-me dessa área. Com o final do nono ano o curso de Ciências e Tecnologias era a minha última opção até porque as médias para tal curso (superior) eram muitos altas... Escolhi Artes e vou seguir Design. No entanto, todas as vezes que afirmo que vou para o curso que eu quero e gosto dizem "Ai, quando eras pequenina querias tanto ser pediatra e agora vais para um curso de merda!" (sim, essa expressão foi utilizada; também já disseram que o curso que quero seguir é um curso para fazer "trapos", é pena é que não saibam que todas os objetos foram criados por alguém e que podiam ser completamente diferentes do que são. Ok.)
Depois, vêm os gostos. É normal que quando somos crianças não andamos a olhar para os corpos uns dos outros e a apontar os defeitos que temos ou que os outros têm. Não existe o tal modelo a seguir como na adolescência e cada um é feliz com as pequenas coisas da vida. Assim sendo, eu nem me importava de andar nua na praia, passar a manhã dentro de água ou estar sentada na areia a fazer castelos de areia enquanto a minha barriguita fazia os tão chamados pneus. Hoje, importo. Não falo apenas nos complexos a nível do corpo, falo do sítio: a praia. O que antes era um sítio de diversão agora deixa-me aborrecida. Odeio ficar com o corpo cheio de areia e não conseguir tirá-la; a água é gelada todo o ano e suja devido a todo o lixo que ora é levado pela maré, ora é atirado propositadamente pelos que frequentam a praia. E vá, a barriguinha continua cá e provavelmente vou ter sempre algum problema para a mostrar. Sou assim, mas todos os verões tenho de lidar com a mesma coisa "Mas quando eras mais nova à praia e agora não! Porquê?". Sou obrigada a ir à praia e a "divertir-me".
Estando numa de gostos, não se pode ignorar o meu gosto para música e roupa. Antes eu ouvia de tudo, não existia um filtro. Também vestia de tudo, pois quem escolhia a minha roupa não era eu. Agora, se tenho a liberdade para o fazer porque não o faço? O "eu" criança tinha uns gostos, o "eu" adolescente(?) tem outros.
Conclusão: Eu já não sou um pedaço de barro que todos podem modelar e deixar como mais gostam. Os meus pais fizeram-no e modelaram como acharam melhor. Não esqueço isso, mas agora quero ser eu a finalizar o trabalho. Quero deixá-lo bonito aos meus olhos. Só quero que me deixem ser como sou, pode ser?